Saiba Fazer Uma Gestão De Marca Coerente e Eficiente

Hoje em dia é muito comum ouvir falar sobre marketing, branding, público-alvo e outros elementos que uma empresa precisa dominar para crescer. Mas pouca gente parece dominar a gestão de marca e saber como aplicá-la realmente.

De fato, o marketing tem se popularizado cada vez mais, sobretudo o marketing digital e as soluções online, que democratizam a divulgação das marcas. Porém, isso não garante automaticamente que as empresas saberão se posicionar.

Pelo contrário, junto com a democratização vem uma concorrência ainda maior. Por exemplo, se você pesquisar por algo como assessoria contábil em São Paulo, vai achar centenas de empresas, algumas delas perto de você, facilitando a contratação.

Portanto, aquele que quiser se destacar no meio da multidão, aparecendo para os seus clientes com destaque e de modo coerente e eficiente, vai precisar de algumas estratégias que estão muito além de simplesmente fazer anúncios.

É justamente aí que entra a gestão de marca como algo consistente, lembrando que a marca nada mais é do que uma identidade corporativa, dotada de pilares verbais e visuais. Ou seja, a filosofia da marca e os elementos visuais que a identificam.

Imagine uma empresa de transporte executivo, ela precisa de uma cultura organizacional que expresse seus valores e seus diferenciais, como modo de nortear cada colaborador. Além disso, contará com logotipo, slogan, tipografia e outros símbolos.

Assim, um dos grandes diferenciais da marca, que mostra que ela atingiu sua maturidade e já pode começar a falar em crescimento sólido, sustentável e escalável, é uma gestão consistente, que aponta um norte muito mais seguro.

Aí é que surge o fenômeno da “evangelização da marca”, que é quando seus clientes não apenas consomem mais e mais, como ainda defendem sua marca perante o público, trazendo mais clientes para o seu negócio.

Lembrando que isso vale tanto para marcas mais populares, que vendem algo como equipamentos para cervejaria, quanto para soluções mais nichadas, como as que lidam com serviços na área de indústrias químicas, por exemplo.

No fundo, todo negócio tem um público-alvo e almeja uma cota de mercado, além de que o ser humano segue alguns princípios psicológicos iguais, independentemente do produto ou serviço que está sendo colocado em questão.

Por isso decidimos escrever este artigo, desvendando todos esses fatores. Então, se você quer entender a fundo como fazer uma gestão consistente e inteligente do seu negócio, tornando ele uma referência no seu segmento, basta seguir adiante na leitura.

Por que fazer essa gestão?

Como vimos, a marca é a identidade de uma empresa, assim como nossa personalidade e nosso modo de agir representam a originalidade humana em cada um de seus traços típicos.

Portanto, a gestão de marca nada mais é do que a racionalização dos elementos que compõem essa identidade, ao invés de a empresa simplesmente deixar essa dimensão do negócio de lado, ou ser administrada por uma gestão pouco consistente.

Claro, uma empresa que trabalha com algo como óculos de proteção com grau pode simplesmente surgir de modo mais espontâneo, sem consciência total desses fatores que estamos trabalhando aqui, sobretudo se for uma loja local.

Contudo, chega um momento em que os donos e sócios se dão conta de que para ganhar escala é preciso entender os benefícios e vantagens de fazer a gestão da marca. Basicamente, podemos resumi-los nos seguintes pontos:

  • Ela fortalece a filosofia da marca;
  • Cria uma cultura organizacional;
  • Gera confiança com o público;
  • Aumenta a idoneidade da marca;
  • Fideliza e “evangeliza” a clientela;
  • Cria e atrela mais valor intangível;
  • Marca presença na mente das pessoas;
  • Afasta a concorrência de mercado.

Enfim, os donos e os sócios ganham um poder muito maior no sentido de dominar o segmento, enfrentar a concorrência e compreender melhor o público-alvo.

Antes disso, a marca estava apenas se debatendo com desafios imediatos como preços, prazos, parceiros e fornecedores, como uma papelaria que quer uma margem melhor para comprar papel para modelagem, por exemplo.

De repente, o negócio ganha uma maturidade que o coloca naquele universo das grandes marcas que lideram o mercado. Os elementos pragmáticos continuam sendo importantes, claro, mas a marca ganha muito mais margem de negociação.

Sete regras de ouro para cumprir

Também mencionamos que o marketing digital tem se disseminado muito nos últimos anos. Isso traz várias vantagens às marcas que estão começando agora, bem como ao mercado como um todo.

Contudo, também cria uma falsa impressão de que fazer marketing é a coisa mais fácil do mundo. Na verdade, poucas empresas dão realmente certo e raras são as marcas que conseguem encantar os clientes.

Adiante vamos aprofundar sete princípios universais que são como dicas de ouro para quem quiser realmente atingir esse nível:

1 – Tenha um propósito claro

Todo empresário tem o sonho de que os funcionários e os clientes olhem para sua marca de modo diferente, mas a pergunta é: o que você oferece de diferente?

Para que seu produto ou serviço ganhe um status a mais, ou seja, para que vá além do mais do mesmo, é preciso que a marca tenha uma filosofia, um propósito bem definido.

Veja as maiores referências de hoje que vendem celulares, computadores ou mesmo tênis, no fundo elas vendem um estilo de vida. Adapte isso à sua dimensão e o resultado será o mesmo.

2 – O papel das emoções

Qualquer bom vendedor sabe que não é possível falar sobre vendas sem mencionar o fato de que nenhum ser humano é 100% racional, por mais que ele pense que seja.

Sempre há um elemento de emoção e de psicologia que precisa ser levado em conta, como ao utilizar gatilhos mentais em uma reunião que visa à renovação de licença ambiental.

A mesma situação vale para a gestão de marca, cuja filosofia precisa saber equilibrar entre vantagens racionais e estímulos emocionais.

3 – O que é consistência de marca?

Na hora de buscar diferenciais, muitas marcas acabam atirando para todo lado, ou seja, aplicando táticas demais, gatilhos de todo tipo e criando uma confusão.

Aí é que entra a consistência de marca, que é o modo de a gestão recuar um pouco e analisar se todos os elementos estão sendo coerentes não apenas com o propósito da marca, mas também com o conjunto das estratégias.

4 – Não perca a flexibilidade

Ao falar de consistência, é preciso lembrar que ela não pode ser um negócio engessado. Basta ter um propósito claro e uma centralidade estratégica.

No mais, saiba que o comportamento de sua clientela pode ir mudando com o tempo, então é preciso que sua marca tenha uma identidade despojada capaz de fazer a mesma coisa.

Ontem quem comprava motores elétricos industriais eram técnicos acima dos cinquenta anos de idade? Talvez hoje os compradores corporativos sejam jovens que acabaram de sair da faculdade, pare para pensar nisso um pouco.

5 – O que é endomarketing?

Hoje em dia um bom gestor não pode ignorar o fato de que dificilmente uma marca vai engajar o seu público caso não consiga, primeiro de tudo, engajar seus próprios colaboradores.

Portanto, tudo começa internamente, por meio do endomarketing, que é justamente o marketing que faz com que a marca crie vínculos profundos com os funcionários.

6 – Lealdade e retribuição

Se a marca ganhar uma identidade parecida com a personalidade humana, ela pode ser leal e ter a capacidade de retribuir aquilo que os clientes fazem por ela.

Portanto, não seja desleal de modo algum, ou seja, não deixe de reconhecer a importância do consumidor. Um modo prático de fazer isso é com campanhas de descontos, brindes e outros planos ou campanhas de fidelização.

7 – Benchmarking e competitividade

A marca não pode se tornar tão confiante a ponto de achar que nunca vai ser superada. O único modo de garantir que você continuará sendo o líder de mercado é conhecendo o que a concorrência faz.

Se a empresa lida com manutenção de equipamentos industriais, por exemplo, vai precisar ficar de olho no site dos concorrentes, nas ações que promovem e em tudo o mais.

Hoje a internet ainda pode ajudar nesse esforço, então não perca tempo e coloque em prática a lembrança de que a melhor marca é aquela que é mais competitiva.

Bônus: sua identidade visual

Se você tem medo de se perder no meio dessas dicas, saiba que um norte infalível é investir sempre na identidade visual. De fato, vivemos a época de maior estímulo visual que o mundo já viu, por isso é comum ouvir dizer que uma imagem vale mais que mil palavras.

Assim, para se manter em dia com as novidades, invista no aspecto visual da marca, desde o logotipo, a tipografia (letras que a marca utiliza) e o slogan, até fatores como ícones, símbolos e demais ilustrações que podem surgir.

Além de ousar na paleta de cores e na inovação desses elementos, você pode fazer o famoso redesign sempre que sentir que a marca precisa se oxigenar um pouco.

Com isso chegamos ao fim, deixando claro que uma gestão de marca consistente passa por vários conceitos e conselhos práticos que precisam ser levados em conta.

Com as dicas e informações que trouxemos aqui, vai ser ainda mais fácil você dar os passos certos rumo ao sucesso, garantindo uma gestão coerente e eficiente.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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